Nome, é o que falta ao puto
Que anda descalço na areia
Vende o ar à força do chuto
Quando na bola dá tareia
Fome disfarçada com gesto
Da bondade dorida no rosto
A lágrima carregada ao cesto
Duma infância rica em desgosto
Amanhã é longe, não existe
O agora é tudo, dia sobreviver
Mergulha no medo mas resiste
Sempre que esperança escureçer
Nome, é um puto sem tecto
Somente solidão lhe é fiel
Sentimento escondido no afecto
Nos seus olhos descobri... Miguel
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