segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Morte do poeta

No amanhã quando ceder
Olha para mim sem porquês
Ontem foi, deixou de ser
O agora não vendo, tu vês

Vejo o paraíso no teu olhar
Reflexo na retina minha mão
Que escreve a morte a cantar
E reza ao ego livre de religião

Não sintas, eu não sinto
O aperto no ventre da vida
Ignora o sétimo, fica o quinto
Para quebrar rotina descabida

É a morte dum bom poeta
Que jaz como mau da fita
Quis alguém, atingi a meta
Por ti morro, enrolado na xita

O teu nome

Atirei o teu nome ao ar
Na esperança que saisse coroa
Quis o destino que caísse no mar
Muito longe de Lisboa

Preso nas asas do vento
Livre na vontade de viver
Voou sobre a agua o alento
Imbuído da missão do saber

No sonho sempre balanço
Não sei para onde caír
Estendo a mão o nome alcanço
Atiro ao ar sempre a subir

Tem peso mas moderado
Caio torto, fico de pé
Acordo nu baralhado
Rabisco nome cheio de fé