Aquele punho desliza sobre mesa
Agarrando a pena de fino recorte
Marca a carta, no destino presa
À garrafa q’na viagem, só aporte
Carrega palavras ricas de quietude
Que prosam no silêncio lá, na areia
Um romance não amor, mas virtude
Escrito nas ondas de sal da Sereia
Salpicos sofredores caem no papiro
Amarelado quase sóbrio cor de calma
Cambaleando ao vento, agora defiro
Aprovado na vontade, no mar de alma
Tem carimbo gravado em água incolor
A caixa de Pandora, selada pelo ar
Na candeia da lua, foge ao adamastor
Sob páginas escondido, alma de mar
Leio uma vez, no meio da confusão
Leio outra, agora, de mente aberta
Procuro clareza no mar da imensidão
Encontro a paz que a alma desperta
Um refugio de Henrique Jorge Peixoto...Todos os poemas publicados estão sujeitos a direitos de autor.
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Mar & Alma
Subscrever:
Mensagens (Atom)