domingo, 25 de agosto de 2013

ISABEL saudade

Saudade dos teus beijos
Do sabor do teu mel
De discutir os teus desejos
De te chamar amor, Isabel

Passeias em mim sorrindo
De totiço preso com cordel
Despreocupada cantas subindo
Às nuvens com o nome, Isabel

És boneca de pele sedosa
Como as pétalas de flor papel
Tens espinhos mas carinhosa
Guardas o nome de Isabel

Fecho os olhos vejo teu rosto
Cheio de charme e cumplicidade
Que brilha como o sol de agosto
A fazer lembrar ISABEL saudade

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ponte do amor

Entre mim e ti, a ponte
Separa nosso orgulho ferido
Um amor que jorra da fonte
As lágrimas no leito perdido

Do quarto avisto esse rio
Onde corre o amor desfeito
Pergunto triste, se o viu
Responde mudo, sem jeito

Percebo, é o meu destino
A falar da minha justiça
Quando procuro novo inquilino
Acho uma paixão postiça

Desejo que a ponte desabe
E quebre para sempre o vazio
Para que este amor não acabe
A ponte que nos separa ruiu

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Pecado

Quando pensar é pecado
O fruto é apetecido
Imagino-o descascado
Nas noites adormecido

Talvez pecado seja mulher
Que se olha com prazer
Com olhos de bem lhe quer
E pensamento em mexer

É um pecado maldoso
Ao querer passar a mão
Pois implica ser habilidoso
Para lhe agarrar o coração

Agarrar com vontade
Em sentir o seu sabor
E ao comer com saudade
Sou apelidado de pecador

Diário

Livro fechado reserva história
Que  guardo debaixo d'almofada
É o diário da minha memória
De relatos escritos de madrugada

São frases inventadas no soalho
Duma vida rica em segredo
Escondem as estrias do orvalho
Que escorrem nos traços do enredo

É uma novela trágica sem fim
Com personagens de várias cores
Vão ensaiando o papel por mim
Enquanto curo doença d'amores

Cambaleio bêbado mas não caio
Agarro ar no momento certo
Sôfrego respiro brisa de Maio
E agora sim, livro aberto