Nome, é o que falta ao puto
Que anda descalço na areia
Vende o ar à força do chuto
Quando na bola dá tareia
Fome disfarçada com gesto
Da bondade dorida no rosto
A lágrima carregada ao cesto
Duma infância rica em desgosto
Amanhã é longe, não existe
O agora é tudo, dia sobreviver
Mergulha no medo mas resiste
Sempre que esperança escureçer
Nome, é um puto sem tecto
Somente solidão lhe é fiel
Sentimento escondido no afecto
Nos seus olhos descobri... Miguel
Um refugio de Henrique Jorge Peixoto...Todos os poemas publicados estão sujeitos a direitos de autor.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Emoções
Ao largo no oceano das emoções
Perco estribeiras a pensar em mim
Mergulho no sal, olhos vermelhões
Neste oceano imenso sem fim
O choro por nada o vento dispersa
No grito atirado ao céu entoa
Iludido na magia de tapete persa
Enfrenta as ondas em frágil canoa
Embalado na dimensão dum sorriso
Reflete a força invisivel do ser
Aplica a cura na vontade, é conciso
E emerge do fundo por novo viver
Triste oceano que engole o abraço
Apertado do sofrimento de amigo
Atiro à água a mágoa quando passo
Da ponte do oceano meu abrigo
Perco estribeiras a pensar em mim
Mergulho no sal, olhos vermelhões
Neste oceano imenso sem fim
O choro por nada o vento dispersa
No grito atirado ao céu entoa
Iludido na magia de tapete persa
Enfrenta as ondas em frágil canoa
Embalado na dimensão dum sorriso
Reflete a força invisivel do ser
Aplica a cura na vontade, é conciso
E emerge do fundo por novo viver
Triste oceano que engole o abraço
Apertado do sofrimento de amigo
Atiro à água a mágoa quando passo
Da ponte do oceano meu abrigo
terça-feira, 10 de maio de 2011
Lisboa
Perdido, desnorteado aos trambolhões
Desci ao sul à sombra dos arbustos
Dei por mim acordado a olhar o camões
Com mãos nos bolsos a procurar tustos
Comprei tudo na minha imaginação
Apenas sobrou a vontade de mudança
Fiz contas aos números da razão
Soma apresentou, ganho de confiança
Negociei a tempestade do norte
Vim com metade da mão fechada
Convicto tinha a chave da sorte
Escorreguei, afinal não tinha nada
Invadido, sentimento de descoberta
Sonhava vaguear só, por aí à toa
Destino, sempre foi resposta incerta
Hoje o presente, mora em Lisboa
Desci ao sul à sombra dos arbustos
Dei por mim acordado a olhar o camões
Com mãos nos bolsos a procurar tustos
Comprei tudo na minha imaginação
Apenas sobrou a vontade de mudança
Fiz contas aos números da razão
Soma apresentou, ganho de confiança
Negociei a tempestade do norte
Vim com metade da mão fechada
Convicto tinha a chave da sorte
Escorreguei, afinal não tinha nada
Invadido, sentimento de descoberta
Sonhava vaguear só, por aí à toa
Destino, sempre foi resposta incerta
Hoje o presente, mora em Lisboa
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