quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Abraço

Anseio por um abraço
Não interessa de quem
Sem ele, eu nao passo
Pelo significado que tem

Um abraço acolhedor
Apertado de improviso
Que transmita o calor
O calor que preciso

Um abraço inocente
Talvez de amizade
Dele, estou carente
Abraça-me com lealdade

Vá, dá cá um abraço
E partilha tua alegria
Dela, dá-me um pedaço
E enaltece o  meu dia

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sol de Outono

Há sempre um sol
Por trás da nuvem
Pintado de caracol
A pincel, convém

Acorda ao amanhecer
Vitima de insónia
Vai ao anoitecer
Dormir à campónia

É um sol escondido
Timido, envergonhado
Doentio, encolhido
É um sol assustado

Às vezes lá aparece
Para cumprir a missão
Aos incautos aqueçe
As ideias da razão

domingo, 6 de dezembro de 2009

Escrevo

Porque escrevo amor
Porque escrevo paixão
Porque escrevo dor
Porque escrevo solidão

Escrevo o que sinto
O que vai na alma
Perdido no labirinto
Sempre reina a calma

Escrever por escrever
Escrevo porque quero
É minha fonte de viver
Escrever sempre espero

Escrevo a pensar
A pensar que escrevo
Escrevo a sonhar
Mas sonhar não devo

AMO

No cume de um monte
Aprecio a paisagem
Pôr do sol, horizonte
Linda esta imagem

A terra, o céu, o mar
Generosa combinação
Unidos para amar
E promover a paixão

Terra significa vida
De coração apressado
Ao sabor de cada batida
AMO, só apaixonado

Céu significa voar
Sentir asas do vento
Livre para sonhar
AMO, sempre tento

Mar significa tristeza
A maré da mudança
Nas ondas da natureza
AMO, com esperança

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Trimm


Quando o telefone trim
Fico momentos a pensar
Será que é para mim?
Ou será alguém a brincar?

Espero que seja o amor
A falar do outro lado
Logo levanto o auscultador
É engano, fico desolado

Mas continuo em alerta
Espero que volte a tocar
Trimm, a resposta é certa
Estou sim, podes falar

Fala, não tenhas medo
Podes ter uma surpresa
E assim o teu segredo
Poderá ser ... certeza

sábado, 7 de novembro de 2009

Rimas

São apenas umas rimas
Que escreves sem sentido
Palavras soltas que estimas
Serão da noite esquecido

Rimas que rimam triste
Suplicam alguém de olhar
Fundo que sempre viste
Poço que devias achar

Final rima com banal
Defeito por ti com efeito
Descalço como animal
Ofegante ar do peito

Assim por mais que torça
Palavras fogem a rimar
Estimulante que dá força
Escreves sim para superar

sábado, 31 de outubro de 2009

Moeda da sorte

Ali, uma moeda no chão
Sem ninguém a apanhar
Tem o valor dum tostão
Nada dá para comprar

Alguém a deixou caír
Ou talvez atirada à sorte
Ao pontapé quer fugir
Tão pequeno seu porte

Por todos foi pisada
Sem ninguém se importar
Olham, mas é ignorada
Dá muito trabalho curvar

Ningém sabe o poder
Desta moeda perdida
Quem a apanhar irá ter
Sorte para toda a vida

Para que saibam, eu apanhei a moeda, mas muitas outras andam por aí perdidas, apanhem-nas e... boa sorte.

sábado, 24 de outubro de 2009

Saudades de menino

Quando eu era pequenino
Fazia castelos na areia
Brincava a fazer o pino
Lia à luz da candeia

Quando tempo chuvoso
Folheava banda desenhada
Passava os dias desgostoso
À lareira de lenha queimada

Quando ía para a escola
O livro bem arrumado
Às costas ía a sacola
Na mão o lanche guardado

Hoje recordo meu passado
Saudade em ser pequenino
Quero voltar a ser ensinado
Bolas, quero voltar a ser menino

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sonho

Eu tenho um sonho
Um sonho de fantasia
Beijar teu rosto risonho
Tocar tua pele macia

Sei que é um sonho
Longe da realidade
Isso deixa-me tristonho
Sufocado de saudade

Saudade em esperança
De abraçar teu mundo
Este sonho de criança
É amor bem profundo

Bati à tua janela
E logo ela se abriu
Vi como eras bela
Assim o sonho partiu

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Esquecer-te

Tento em vão esqueçer
Teus olhos pérola escuros
Alegres cintilantes a viver
Regados de vida, puros

Tento em vão esqueçer
Momentos passados sós
Alegrias vividas a correr
Segredos partilhados, nós

Tento em vão esqueçer
O dia do teu aniversário
A vela que devia acender
Ficará guardada no armário

Mas... afinal não quero esquecer
Nem parar de sonhar,
Que um dia poderei ser
Tua almofada ao acordar

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Uma História

Era um dia depois
Uma historia d'encantar
Tu, eu, só nós dois
Felizes a passear

Tu, princesa Carolina
Eu, simples sonhador
Teu castelo na colina
É guardado por pastor

Um pastor de flauta
A arma da paixão
Não precisa de pauta
A compor na solidão

Toca d'olhos fechados
Improvisa na hora
Mexe dedos cansados
A flauta chora

É esta a história
Do pastor e Princesa
Para sempre a memória
De sua eterna beleza

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Larga-me....


Uma pedra no sapato
Mais anda mais aleija
Pica como um cato
Fere quando beija

Ainda calçada despida
Esconde-se à espreita
Esta pedra atrevida
No sapato se ajeita


E permanece teimosa
Contente em irritar
Cinica e caprichosa
No sapato a saltar


Agora que fazer,
sobre este precalço?
Será que devo sofrer?
Ou devo andar descalço?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Meu Amor


Por ti, subo montes
Montanhas e colinas
Salto velhas pontes
Pulo águas cristalinas

Venero-te de joelhos
Beijo o teu chão
Pinto teus espelhos
És minha devoção

Teu nome é sagrado
Vive no meu peito
Para sempre gravado
Meu eterno respeito

Sempre irei amar
E sentir o teu calor
À fogueira esperar
Por ti, meu AMOR...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hoje contigo


Hoje estive contigo
Tremi com teu olhar
Amei o teu abrigo
Sofri ao te deixar

Fui embora desiludido
Não consegui falar
Como ando sofrido
Por tanto te amar

Juntos no pensamento
Separados na fotografia
Esperançado no momento
De te beijar, um dia

Estou triste mas agradeço
O gesto da tua mão
Quanto mais te conheço
Mais pequeno meu coração

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Dois Corações



Dois olhares cruzados
A passear na calçada
Aos beijos abraçados
Felizes de mão dada

São crianças a sorrir
A viver o momento
Cumplices a descobrir
Tão nobre sentimento

De corações unidos
A bater despreocupados
Na paixão protegidos
No amor abençoados

Tu amor,és um querido
Diz ela a sussurrar
Responde ele comovido
Para sempre te vou amar

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Glória


Uma lágrima teimosa
Em seu rosto enrugado
Corre lenta vagarosa
De semblante carregado

São anos de história
Sentada no jardim
Tem o nome de GLÓRIA
Agora, perto do fim

É uma alma só
Rodeada de multidão
Vive sonhos de avó
Nos dias de solidão

Ainda assim seduz
Olhar tal maravilha
Pois, é um ser de luz
Á espera de sua filha

quinta-feira, 9 de julho de 2009

E depois...

Estou triste mas canto
Só para te ver sorrir
Marvilhoso teu encanto
De alma a persuadir

És mulher menina
A dormir no meu peito
Tens olhar de felina
Deixas coração desfeito

Alegras a minha vida
Com tua luz imensa
Rezo de mão erguida
Por ti, sempre compensa

És sedutora a dançar
Estendes-me tua mão
Pedes para te acompanhar
Ao som de nova canção

sábado, 4 de julho de 2009

Retrato


Sempre o teu retrato
Que olho sobre a mesa
Gravata suja no fato
Rugas, aparência pesa

Em céu negro a nuvem
Esconde-se na montanha
Estrelas, noite chovem
Retrato ilusão tamanha

Silhueta negra imaginária
Envolve retrato sombrio
Luz em roda contrária
Passado risonho sem brio

São anos de saudade
Alguém que não conheço
Apenas recordo,crueldade
Por karma que padeço

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sou Criança...


Sou criança a brincar
A jogar ás escondidas
Corro, só, à beira mar
Nas rochas escurecidas

Escrevo torto na areia
Simples palavras soltas
Anseio que alguem as leia
Antes das ondas revoltas

Sinto-me incompreendido
Limitado no meu espaço
Luto, luto enfurecido
Mas reclamo um abraço

O mundo que me rodeia
É demasiado complicado
Tenho sonhos de mão cheia
É tesouro bem guardado

sábado, 13 de junho de 2009

ART

ART espreita á janela
R epleto de luz e cor
T em vista para a capela
No horizonte o esplendor


Fica na encosta da serra
Rodeado de intensa frescura
Que charmosa esta terra
É Sintra linda e pura

Tem como missão
Ajudar a descobrir
A todos estende a mão
Um objectivo a cumprir

É como que por magia
Que toda a gente atrai
É uma boa energia
O lema é "AMAI".

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mentira

A dor da mentira
Pior que a verdade
Sem tempo nao expira
Afuguenta a liberdade

A mentira que fica
Para sempre marcada
Com descoberta suplica
Esconde-se na arcada

A mentira no erro
O erro propositado
Logo cravo o ferro
Em animal enganado

A mentira adormecida
Embrulhada na manta
Supunha estar esquecida
Mas afinal era santa

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Princesa


Um dia ela disse
Não me faças sofrer
Seu nome era Alice
Um amor a valer

Um amor verdadeiro
Repleto de cumplicidade
Flor do meu canteiro
A morrer de saudade

A saudade de olhar
Seu rosto suave e belo
Subir a torre gritar
Bem no alto do castelo

O castelo da princesa
Cheio de historia e traição
Ladeado de natureza
No monte da paixão
(Escrito em Jun2005)

domingo, 17 de maio de 2009

Beijo




Um beijo sentido
Aquele que me deste
Apaixonado contido
Para ti me quiseste

Um beijo sentimento
Que tocou no coração
Ganhei novo alento
Fugi da solidão

Um beijo envergonhado
Mas de intenso calor
Por mim apreciado
Ao sentir teu fulgor

De repente acordei
Pena, foi um sonho
Afinal o beijo que dei
Já nao volta, suponho

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Segredo

Quero falar contigo
Contar-te um segredo
Tu, que és meu amigo
Ajuda-me, tenho medo

Estou preso em nada
Luto para me libertar
Espero minha amada
Fujo para a evitar

Sinto falta dela
E do seu amor
Espero-a à janela
No fim do corredor

Quando ela passa
Olho-a com admiração
Penso, que linda loiraça
Esqueçe, é ilusão

Este é o meu segredo
E o que estou a sentir
Talvez ainda cedo
E continuo a fugir

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Penso demais

Penso a pensar
Pensar que penso
Penso que amar
Amar penso imenso

Penso que amo
Amor a fugir
Logo o tramo
Amor a surgir

Tempo a passar
Amor retraído
Continuo a pensar
Sempre distraído

Sim, ainda penso
Mas não a pensar
Que mesmo tenso
Amo sem amar

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sonhos, Amor, Esperança



Dia de sol a chover
Sonhos, Amor, Esperança
Vontade de vencer
Espirito de liderança

O leme está pesado
De sonhos adormecidos
Que antes eram amados
Mas agora esquecidos

Uma tempestade de amor
Em águas torbulentas
Que atravessa a vapor
O sonho das tormentas

A navegar na esperança
De um novo amanhecer
Sopram sonhos de mudança
Em ti, está a chover

domingo, 12 de abril de 2009

Quem és tu?

É doce no olhar
Comovente no sorriso
Mãos suaves a acenar
Brilhante cabelo liso

É loiro luzidio
Beleza maravilhosa
Suave e macio
Que pedra preciosa

Ás vezes de trança
A pender em seu rosto
Tem ar de criança
Cabelo bem composto

Fez-me esqueçer
Por instantes o passado
Voltar a querer viver
Enfim, apaixonado

quinta-feira, 26 de março de 2009

Borboleta


Asas em borboleta
A bater suavemente
De cores repleta
A voar imponente

Ainda no casulo
Já sente o seu poder
Logo logo dá um pulo
E dança até morrer

De energia pura
A servir de exemplo
Transmite imensa ternura
Sempre que a contemplo

ADEUS borboleta amiga
Vais partir em viagem
Talvez um dia consiga
Encontrar-te na outra margem

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sem inspiração




Estou sem inspiração
Vazio de pensamento
Esta nova sensação
Enlouquece o momento

Incapaz de pensar
Sem saber onde estou
O importante é terminar
Mas ainda não começou

Estou a escrever
A torto e a direito
Rascunhos sem saber
O valor eu rejeito

Coisas de amor
Outras nem por isso
Quadras a compor
Em rimas submisso

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sonhando acordado





Sonhando acordado
Pensando a dormir
Correndo parado
Amando sem sentir

Tudo do avesso
Confusão na certa
Parecendo travesso
A coisa aperta

Discurso sem nexo
Parecendo ignorante
De palavras complexo
Sentido exuberante

A bater na cabeça
Tentando acordar
Perdida uma peça
O puzzle encaixar

segunda-feira, 9 de março de 2009

Silêncio



Folhas a dançar
Ao ritmo da balada
No silencio a cantarolar
Uma manha ensolarada

Á arvore aprecia
Cenário encantador
No ramo a cotovia
Canta com fervor

É agradavel ouvir
Esta suave melodia
Fechar os olhos, sentir
Amar assim, arrepia

Sem preconceitos
A árvore fica despida
Nua a preceito
De folha colorida


Esperando


Sentado à espera
Não sei bem do quê
A pensar que era
A questionar porquê

Perguntas sem resposta
Respostas sem razão
Sem conteudo e compostas
Rasuradas em confusão

Palavras ao vento
Que fogem apressadas
No nevoeiro ao relento
Na noite embaladas

E continuo sentado
Afinal sem pensar
No fim decepcionado
Outra vez a questionar

domingo, 8 de março de 2009

Coração quebrado


É um coração quebrado
Aquele que eu tenho
Embora esburacado
Dedica-se com empenho

Cada pedacinho perdido
Significa uma paixão
Mas mesmo combalido
Entrega-se com dedicação

Logo o tento reparar
E dar-lhe nova energia
Para que nao volte a sangrar
E entrar em nostalgia

Este pedacinho é teu
Acarinha-o com cuidado
Pois quem o perdeu
Está só apaixonado

Por TI



Por ti, vou amar
A luz que irradias
Teu sorriso encontrar
Nos livros que lias

Por ti, vou chorar
A tua distância
Esquecer o olhar
Deixar a ignorância

Por ti, vou sofrer
Mesmo que em vão
Esperançado podes crer
Um dia ter razão

Por ti, vou lutar
Dia após dia
Teu amor esperar
E chorar de alegria

Onde estás?


A chuva em teu rosto
De pele suave e macia
De cabelo bem composto
Uma figura luzidia

Logo o sol apareceu
Timido mas decidido
Procura um beijo teu
Onde andas escondido?

Lentamente a noite cai
E com ela a solidão
O tempo que não vai
A perda da razão

Agora noite cerrada
Sem estrelas no horizonte
Penso em ti minha amada
Pois és a minha fonte

sábado, 7 de março de 2009

Eu sei que Tu sabes


Tu dizes, adorarias
Eu digo, AMOR
Por mim, não fugirias
Peço, por favor

Tu sabes, eu sei
Eu sei que tu sabes
Desde sempre te amei
Para sempre não acabes

Peço que não termine
O que nunca começou
Este amor sublime
Esta Flor, eu te dou

Dia Cinzento



De rosto fechado
De olhos distantes
De lágrimas carregado
De alma expectante

Sentimentos confundidos
Na luz da esperança
Fortes mas contidos
Inertes na confiança

Em dia cinzento
De nuvens no peito
Por ti, eu tento
Por mim, eu rejeito

Em falta superar
A dor escondida
Na escuridão acordar
Teu nome é vida

quarta-feira, 4 de março de 2009

Lembranças


Quando olho o mar
Tenho com lembrança
Os dias a navegar
Em lágrimas de esperança

Quando olho o céu
Tenho como lembrança
Um sedoso véu
Colorido de confiança

Quando olho a serra
Tenho como lembrança
As brincadeiras na terra
Nos tempos de criança

Quando olho o vazio
Tenho como lembrança
Um dourado fio
A pender na balança