quinta-feira, 26 de março de 2009

Borboleta


Asas em borboleta
A bater suavemente
De cores repleta
A voar imponente

Ainda no casulo
Já sente o seu poder
Logo logo dá um pulo
E dança até morrer

De energia pura
A servir de exemplo
Transmite imensa ternura
Sempre que a contemplo

ADEUS borboleta amiga
Vais partir em viagem
Talvez um dia consiga
Encontrar-te na outra margem

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sem inspiração




Estou sem inspiração
Vazio de pensamento
Esta nova sensação
Enlouquece o momento

Incapaz de pensar
Sem saber onde estou
O importante é terminar
Mas ainda não começou

Estou a escrever
A torto e a direito
Rascunhos sem saber
O valor eu rejeito

Coisas de amor
Outras nem por isso
Quadras a compor
Em rimas submisso

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sonhando acordado





Sonhando acordado
Pensando a dormir
Correndo parado
Amando sem sentir

Tudo do avesso
Confusão na certa
Parecendo travesso
A coisa aperta

Discurso sem nexo
Parecendo ignorante
De palavras complexo
Sentido exuberante

A bater na cabeça
Tentando acordar
Perdida uma peça
O puzzle encaixar

segunda-feira, 9 de março de 2009

Silêncio



Folhas a dançar
Ao ritmo da balada
No silencio a cantarolar
Uma manha ensolarada

Á arvore aprecia
Cenário encantador
No ramo a cotovia
Canta com fervor

É agradavel ouvir
Esta suave melodia
Fechar os olhos, sentir
Amar assim, arrepia

Sem preconceitos
A árvore fica despida
Nua a preceito
De folha colorida


Esperando


Sentado à espera
Não sei bem do quê
A pensar que era
A questionar porquê

Perguntas sem resposta
Respostas sem razão
Sem conteudo e compostas
Rasuradas em confusão

Palavras ao vento
Que fogem apressadas
No nevoeiro ao relento
Na noite embaladas

E continuo sentado
Afinal sem pensar
No fim decepcionado
Outra vez a questionar

domingo, 8 de março de 2009

Coração quebrado


É um coração quebrado
Aquele que eu tenho
Embora esburacado
Dedica-se com empenho

Cada pedacinho perdido
Significa uma paixão
Mas mesmo combalido
Entrega-se com dedicação

Logo o tento reparar
E dar-lhe nova energia
Para que nao volte a sangrar
E entrar em nostalgia

Este pedacinho é teu
Acarinha-o com cuidado
Pois quem o perdeu
Está só apaixonado

Por TI



Por ti, vou amar
A luz que irradias
Teu sorriso encontrar
Nos livros que lias

Por ti, vou chorar
A tua distância
Esquecer o olhar
Deixar a ignorância

Por ti, vou sofrer
Mesmo que em vão
Esperançado podes crer
Um dia ter razão

Por ti, vou lutar
Dia após dia
Teu amor esperar
E chorar de alegria

Onde estás?


A chuva em teu rosto
De pele suave e macia
De cabelo bem composto
Uma figura luzidia

Logo o sol apareceu
Timido mas decidido
Procura um beijo teu
Onde andas escondido?

Lentamente a noite cai
E com ela a solidão
O tempo que não vai
A perda da razão

Agora noite cerrada
Sem estrelas no horizonte
Penso em ti minha amada
Pois és a minha fonte

sábado, 7 de março de 2009

Eu sei que Tu sabes


Tu dizes, adorarias
Eu digo, AMOR
Por mim, não fugirias
Peço, por favor

Tu sabes, eu sei
Eu sei que tu sabes
Desde sempre te amei
Para sempre não acabes

Peço que não termine
O que nunca começou
Este amor sublime
Esta Flor, eu te dou

Dia Cinzento



De rosto fechado
De olhos distantes
De lágrimas carregado
De alma expectante

Sentimentos confundidos
Na luz da esperança
Fortes mas contidos
Inertes na confiança

Em dia cinzento
De nuvens no peito
Por ti, eu tento
Por mim, eu rejeito

Em falta superar
A dor escondida
Na escuridão acordar
Teu nome é vida

quarta-feira, 4 de março de 2009

Lembranças


Quando olho o mar
Tenho com lembrança
Os dias a navegar
Em lágrimas de esperança

Quando olho o céu
Tenho como lembrança
Um sedoso véu
Colorido de confiança

Quando olho a serra
Tenho como lembrança
As brincadeiras na terra
Nos tempos de criança

Quando olho o vazio
Tenho como lembrança
Um dourado fio
A pender na balança