terça-feira, 10 de maio de 2011

Lisboa

Perdido, desnorteado aos trambolhões
Desci ao sul à sombra dos arbustos
Dei por mim acordado a olhar o camões
Com mãos nos bolsos a procurar tustos

Comprei tudo na minha imaginação
Apenas sobrou a vontade de mudança
Fiz contas aos números da razão
Soma apresentou, ganho de confiança

Negociei a tempestade do norte
Vim com metade da mão fechada
Convicto tinha a chave da sorte
Escorreguei, afinal não tinha nada

Invadido, sentimento de descoberta
Sonhava vaguear só, por aí à toa
Destino, sempre foi resposta incerta
Hoje o presente, mora em Lisboa

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