Vamos falar de ti, rio fado
Proclamas na noite a solidão
Bebes juventude na bica do sado
Cantas faminto de inspiração
Deita pra fora mágoas doridas
Afinadas na beira do teu leito
Muitas são as lágrimas sentidas
Que brotam do rio, meu peito
Versos de fado, lisboa vadia
Correm na voz da água corrente
Dão alma ao silêncio que sacia
A sede do fado meu parente
Envolto em ti, o nó do xaile
Abriga o negro da noite ao luar
No palco da vida a passo de baile
Aprendem alegres os dois a cantar
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