sábado, 20 de abril de 2013

Cidade

Noite é noite, pois dorme
Calma escura, cidade quieta,
Barulhenta ou não, é conforme
O tempo,  enfim, a desperta

Semblantes tristes de motivação
Lutam contra suas misérias
Despercebidas as rugas da multidão
Denotam há muito falta de férias

Noite é noite, mas acorda
Rotina dos rostos está de volta
Correria desajeitada não engorda
Ouve desabafos na boca solta

Cava os bolsos de ar, procura
Migalhas feitas de nada, encontra
Lucidez mimada e sóbria atura
Cidade à beira mar como montra

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