domingo, 21 de julho de 2013

Prostituta

Corpo liberto de sentimento
Prende a alma da indiferença
Convidada a mostrar o fomento
Por patacas dá a sentença

Em fila, chave abre a porta
Sem convite, entra a servir
De tesoura nas pernas, corta
Já lá dentro, lágrima a cair

Explicita dor no peito aperta
Realidade dolorosa e crua
Deitada na cama fria aberta
Olha o tecto, sentindo-se nua

Finda a tarefa de novo ela
Sozinha no mundo da labuta
A lembrança fica na janela
Onde mostra dotes de prostituta

Sem comentários: