quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sê tudo...

Sê tu, promulga a tua existência
Procura o que encontras no meio
Acha o que procuras na demência
O holocausto claro, reside cheio

Sê claro, no domínio da sabedoria
Na tempestade interior da memória
Adormecida deixada só, à rebelia
Incapaz acordar, nada, tarde inglória

Sê nada, imaginar nada em nada
Pensar nada, suspender respiração
Vazio envolve nada, aura enevoada
Nada representa tudo, imaginação

Sê tudo, a duvida será nunca duvidosa
Quando na duvida o todo é mudo
Ouvir do interior a voz desastrosa
Certeza no eterno e sempre, sê tudo

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