quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cegueira

Neblina em meus olhos despidos
Mora cegueira cega ao não ver
Incapaz, enxerga sentimentos contidos
Escondidos, essência do ser ou não ser

Sopro o pó que paira invisível
No manto transparente amarrotado
Suspenso na retina o clic do fusível
Ilumina escuridão do dia ensonado

Oculto imaginação estendida na eira
À vista turva sem tipo de pudor
Regada a lágrimas secas à canteira
No regaço sinto tua, a luz sem cor

Hora, continuo adormecido e inerte
Em lotus, flor antiga e divina
Vivo na ilusão, ao ver desperte
Olhos cerrados doridos na neblina

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